Bach, Mozart, Chopin e Ravel, entre outros grandes nomes, vão encantar crianças de todas as idades pelas salas de aula do Rio.
A Fundação Cesgranrio, por meio de seu Centro Cultural, lançou, em junho de 2018, o projeto “Música clássica nas escolas”, em convênio com a Secretaria de Educação do Estado.
A iniciativa consiste na produção e distribuição gratuita de coleções com quatro livros ilustrados cada. A série completa terá uma tiragem de 28 mil exemplares. O objetivo é apresentar a música erudita aos estudantes dos ensinos fundamental e médio e também contribuir para a formação de plateias.
Para embalar os alunos, um CD com as obras mais emblemáticas, além de outras canções que marcaram os períodos históricos da música erudita, completa cada coleção. A trilha sonora, especialmente selecionada pela pianista Carol Murta Ribeiro, idealizadora da iniciativa, é executada pela Orquestra Sinfônica Cesgranrio.
Orquestra Sinfônica Cesgranrio transforma Theatro Municipal do Rio em sala de aula
Os principais compositores de cada época
As obras, além de indicarem os principais compositores de cada época, trazem informações e curiosidades sobre as outras manifestações artísticas que marcaram esses momentos históricos.
O primeiro volume, intitulado “Os Barrocos”, abordará vida e obra de Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750) e Georg Friedrich Haendel (1685-1759). O segundo fascículo, “Os Clássicos”, tratará dos compositores Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e Ludwig van Beethoven (1770-1827). O terceiro livro, “Os Românticos”, vai destacar Frédéric Chopin (1810-1849), Robert Schumann (1810-1856) e Franz Liszt (1811-1886). Por fim, a obra “Os Modernos” falará sobre Claude Debussy (1862-1918), Maurice Ravel (1875-1937) e Igor Stravinsky (1882-1971).
Leandro Bellini, Secretário de Cultura da Fundação Cesgranrio; Wagner Victer, Secretário de Educação do RJ; e Carlos Alberto Serpa, presidente da Fundação Cesgranrio.
Para Carlos Alberto Serpa, presidente da Fundação Cesgranrio, propiciar ambiência cultural, que desenvolve o intelecto, otimiza a aprendizagem e faz superar as diferenças sociais.
– Posso afirmar, baseado na minha experiência de educador e também de amante das artes, que, como confirmam nossas pesquisas socioeconômico-culturais, este projeto alcançará em cheio os objetivos que nortearam nossa decisão. Dentro de uma linguagem acessível, levaremos música clássica aos jovens para que possamos despertar neles o interesse por esse rico aspecto da cultura – afirma Serpa.
De acordo com Carol, houve um cuidado em explicar o tema aos estudantes com clareza. Por isso, os termos técnicos do universo musical têm explicação “especial”, de modo a facilitar a compreensão e, ao mesmo tempo, despertar o interesse do jovem leitor:
– Ao escrever os livros, tive a preocupação de não retirar os termos musicais do texto, já que o foco é a música. Foi assim que surgiu a ideia de convidar alguns estudantes de Ensino Médio, a quem se destinam estes livros, para nos auxiliar como “Alunos-Leitores”: eles deveriam ler o texto e assinalar cada palavra não compreendida. Com isso, estas expressões e seus significados foram traduzidos, nos livros, em imagens especialmente criadas pelo nosso ilustrador Nando Costa, com o intuito de motivar e guiar os alunos na descoberta do mundo mágico da música clássica – contou ela.